quinta-feira, 17 de maio de 2012

Mais sobre Cambahyba

Na semana em que a família do usineiro recorreu a justiça para recolher os livros do torturador Cláudio Guerra e a presidente Dilma criou a Comissão da Verdade, recebemos (do blog do Moraes) mais informações sobre as estreitas relações do usineiro com o torturador.


"Eu fui muito íntimo da família Ribeiro, cujo patriarca era o senhor Heli Ribeiro.
Eu ficava hospedado na casa do lado da dele. Ele pagava o aluguel. Eu tive uma época muito doente, com um princípio de isquemia e quem pagou o hospital foi o João Bala (João Lysandro Ribeiro), filho de Heli Ribeiro. E me levou para lá para que reestabelecesse a minha saúde. E lá eu fiquei numa casa e Heli Ribeiro na outra, vizinhas. O que ele fazia na casa dele, ele me mandava para almoçar. A gente sempre confraternizava. Tem um clube lá em Atafona, que nós íamos sempre juntos. As pessoas do centro de Campos de Goyatacazes podem confirmar a amizade entre Heli Ribeiro e mim, Claudio Guerra, e o trânsito que eu tinha na família Ribeiro.
Quando morreu um filho de Heli Ribeiro e mandaram a gente vingar a morte do filho dele, nós fomos com prazer porque estávamos atendendo um amigo.
Nós comungávamos da mesma ideologia política, ele era um homem de direita e, naquela época, eu era um homem de extrema direita também. Achávamos que o comunismo era um bicho. Havia uma amizade muito grande com Heli Ribeiro, com João Lysandro, conhecido como João Bala, com o Zé Crente, que comandava a Usina Cambahyba, o filho dele que foi assassinado era o José Lysandro, uma pessoa espetacular, campeão de tiro fluminense, era uma amizade muito grande.
Eu estranho agora que a filha dele (Cecília Ribeiro Gomes) agora se insurja querendo me desqualificar. Ela bem sabe que houve um aniversário do João Bala, em que estava ela e o esposo dela, o médico, chegou a operar, a fazer uma pequena cirurgia no pé da minha ex-mulher. O Sérgio Bainha, que é o marido dessa senhora, que é deputada e herdeira de Heli Ribeiro.
Agora eu acho que ela prestaria uma homenagem muito maior ao pai dela se ela colocasse a usina Cambahyba à disposição da Comissão da Verdade e das autoridades para descobrir a verdade.
Eu estou confessando coisas horríveis que eu fiz no passado é porque hoje eu tenho temor a Deus e, em face disso, eu quero esclarecer a verdade.
Eu exorto os familiares, as pessoas que viram o livro e estão vendo as demandas, que um fala contra, outro fala a favor, que não acredite no que eu falo não, mas que se investigue para que a história do Brasil seja contada de uma maneira reta, sem revanchismo, sem ódio, mas que apareça a verdade e cada um assuma sua culpa. A missão que eu tenho eu vou levar até o fim, com a ajuda de amigos, e principalmente com a ajuda de Deus, o Deus que eu sirvo."
Segundo vídeo e mais detalhes
Neste segundo vídeo o senhor Cláudio Guerra dá ainda mais detalhes sobre a relação com Campos e com a usina Cambahyba. Este vídeo também tem depoimento muito contundente e forte. O site de notícias Ururau aprofundou aqui o assunto com o Procurador da República em Campos, Eduardo Oliveira que falou sobre a atuação do MPF e da Comissão da Verdade, instalada nesta semana, pela Presidência da República, para comprovar fatos como estes.
Na introdução deste novo vídeo postado no site de lançameto do livro está declarado:
"Claudio Guerra pede ao MPF e à PF rigor na investigação da Usina Cambahyba, onde corpos foram incinerados: “A boca do forno cabia os corpos dos líderes políticos que levei para serem incinerados. A perícia vai provar isto”. Este vídeo foi gravado via Skype."

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas que papinho furado...

VEJAM SÓ:

"Achávamos que o comunismo era um bicho".

Achávamos ? Como assim ? Atualmente vc não acha o comunismo o bicho ? Acha o comunismo... bonzinho ?

Vai morar em Cuba coroa, vai viver na Coréia do Norte pra ver o que é bom, seu bosta.

Vai se danar !

Anônimo disse...

É...
a verdadeira face... a máscara caindo...
Agora sabemos que, além de Campos ter sido um dos últimos a libertar os escravos (mais ou menos... pq existe trabalho escravo aqui até hoje e o Ministério Público está cuidando disso), ainda foi personagem ativo dos horrores da ditadura! E o pior: usando técnicas nazistas na ocultação dos corpos das vítimas: incinerando...

Agora entendo melhor o pq desse povo ser tão encravado (a maioria!)!!!

PRA VIVER AQUI, TEM QUE DESCONFIAR ATÉ DA PRÓPRIA SOMBRA, MESMO!!!!

Mas não se preocupem... a verdade sempre aparece!